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adalardo
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adalardo
Linha 1: Linha 1:
 +<WRAP tabs>
 +  * [[ecovirt:​roteiro:​pop_str:​pstr_seexcel|{{:​ecovirt:​logcalc.jpg?​20|}}]]
 +  * [[ecovirt:​roteiro:​pop_str:​pstr_ser|{{:​ecovirt:​rlogo.png?​direct&​35|}}]]
 +  * [[ecovirt:​roteiro:​pop_str:​pstr_segoogle|{{:​ecovirt:​roteiro:​pop_str:​googleLogoPq.png?​30|}}]]
  
 +</​WRAP>​
 +====== Sensibilidade e elasticidade em Populações Estruturadas - Roteiro em R======
 +
 +
 +Sensibilidade e elastividade referem-se à importância relativa de cada transição (i.e. cada seta no diagrama de ciclo de vida, ou cada elemento na matriz de Leslie) na determinação do $ \lambda $. Ambas combinam informações de estrutura de estágio estável e dos valores reprodutivos. ​
 +
 +Sensibilidade:​ representa a contribuição direta de cada transição no $ \lambda $. Em termos matemáticos seria: sensibilidade dos elementos $a_{ij}$ da matriz de projeção A corresponde às mudanças no $ \lambda $, dadas a mudanças em cada elemento ($ \frac{\delta \lambda}{\delta a_{ij}}$). E é calculada como: 
 +
 +$ \frac{\delta \lambda}{\delta a_{ij}} = \frac{\nu_{ij} \omega_{ij}}{vw}$
 +
 +Vamos partir da mesma matriz de transição do exercício [[ecovirt:​roteiro:​pop_str:​pstr_mtr|]]
 +<​code>​
 +A <- matrix(c(0, 0.5, 20, 0.3, 0, 0, 0, 0.5, 0.9), nr = 3, byrow = TRUE)
 +auto.mat=eigen(A) ## eigen analise direita ​
 +lamb= Re(auto.mat$value[1]) ## pegando a parte real do autovalor dominante (lambda) ​
 +w=Re(auto.mat$vectors[,​which.max(Re(auto.mat$values))]) #autovetor direito
 +
 +auto.tmat=eigen(t(A)) ## eigen analise da matriz inversa
 +v=Re(auto.tmat$vectors[,​which.max(Re(auto.tmat$values))])#​ autovetor dominante esquerdo
 +
 +vw.s <- v %*% t(w) 
 +(S <- Mod(vw.s/​as.numeric(v %*% w)))
 +</​code>​
 +
 +Elasticidade:​ é a sensibilidade ponderada pelas probabilidades de transição. Corresponde ao ajuste das sensibilidades de maneira a levar em conta as magnitudes relativas dos elementos de transição,​ o que gera a elasticidade $e_{ij}$, onde:
 +
 +$ e_{ij} = \frac{a_{ij} \delta \lambda}{\lambda \delta a_{ij}}$
 +
 +<​code>​
 +elas <- (A/lamb) * S
 +round(elas, 3)
 +</​code>​
 +
 +==== Parece complicado?​! ​ ====
 +
 +No entanto você já fez isso e entendeu tudo! Quando fizemos o roteiro de perturbação da matriz, calculamos a contribuição de um componente da matriz de transição (a sobrevivência dos adultos) na variação do lambda. A sensibilidade é a mesma coisa... só que, derivada diretamente da matriz de transição. ​
 +
 +A elasticidade é a sensibilidade proporcional ao efeito. Ou seja,  uma transição com valor muito pequeno pode duplicar e isso ter uma efeito pequeno no lambda, enquanto outra ao duplicar tem um efeito muito mais pronunciado,​ independente da dimensão dessas transições!
 +==== Comparando as análises ====
 +Vamos agora fazer uma sequência de análises usando a álgebra matricial e depois compará-la com o pacote //​**popbio**//​ do R para análises matriciais de dinâmica populacional! ​
 +
 +E para finalizar, faremos os cálculos com o nosso modelo para o cacto. ​
 +
 +<​code>​
 +
 +####################​
 +### EigenAnalise ####
 +####################​
 +plot(1:100, lamb.seq, xlab="​lambda",​ ylab="​times",​ cex=0.7)
 +eigen.cory=eigen(cory)
 +eigen.tcory=eigen(t(cory))
 +lamb=max(Re(eigen.cory$values)) # calculo lambda1 confere
 +lamb
 +abline(h=lamb,​col="​red"​)
 +v.cory=Re(eigen.cory$vectors[,​which.max(Re(eigen.cory$values))]) # calculo de valor proporcional ao valor reprodutivo ok!
 +v.cory
 +vr.cory=v.cory/​v.cory[1]
 +vr.cory ​  # agora sim o valor reprodutivo padronizado para escala da primeira classe
 +
 +w.cory=Re(eigen.tcory$vectors[,​which.max(Re(eigen.tcory$values))])#​stage stable vector ok!
 +w.cory/​sum(w.cory)
 +prop.est[100,​]
 +
 +### sensibilidade
 +
 +vms.cory=vr.cory%*%t(w.cory)
 +S.cory=vms.cory/​as.numeric(vr.cory%*%w.cory) ## Funciona!!! Só precisa substituir por zero transicoes não existentes...pois ele calcula
 +S.cory
 +### elasticidade
 +(cory/​lamb)*S.cory
 +##############################​
 +## conferindo nossos cálculos
 +#############################​
 +# se voce ainda nao tem o pacote popbio, instale-o com o comando abaixo retirando a #:
 +# install.packages("​popbio"​)
 +library(popbio)
 +eigen.analysis(cory)
 +</​code>​
 +
 +===== Exercício =====
 +
 +Você foi consultada para avaliar um plano de manejo da extração do cactus //​Corythopha robbinsorum//​ como ornamental. O plano está baseado na afirmação que: "as populações naturais tem suas taxas de crescimentos positivas e suportam mais de 20% de extração pós reprodutiva dos indivíduos adultos, sem risco de extinção"​. Os autores do plano utilizaram modelos matriciais simples de transição para suportar sua afirmação. ​
 +
 +Reproduza o cenário de extração acima com simulações a partir da matriz de transição do exemplo usado em aula, inclusive com as mesmas abundâncias iniciais na população. ​
 +
 +Critique ou apoio a afirmação do plano de manejo, utilizando sua simulação e as premissas do modelo de crescimento populacional utilizado.
 +
 +
 +Dado:
 +
 +<​code>​
 +cory<​-matrix(c(0.434,​ 0.333,​0,​0,​0.61,​ 0.304,0.56, 0, 0.956), ncol=3, nrow=3)
 +cory
 +n0=matrix(c(10,​5,​2),​ ncol=1)
 +## tempo 1
 +
 +n1 <-  cory %*% n0 
 +n1[3] <- n1[3]-0.2 * n1[3]
 +</​code>​
 +
 +===== Para saber mais =====
 +
 +Gotelli, N. J. 2007. Ecologia. Cap.3- Crescimento Populacional Estruturado. Pp. 49-82. Ed. Planta.
 +
 +Gurevitch, J, Scheiner, S.M, Fox, G.A. 2009. Ecologia Vegetal. Cap. 5 -  Ed. Artmed, São Paulo.
 +
 +Freckleton, R.P., Silva Matos, D.M., Bovi, M.L.A & Watkinson, A.R. 2003. Predicting the impacts of harvesting using structured population models: the importance of density-dependence and timing of harvest for a tropical palm tree. Journal of Applied Ecology, 40: 846-858.
 +
 +Silva Matos, D.M., Freckleton, R.P. & Watkinson, A.R. 1999. The role of density dependence in the population dynamics of a tropical palm. Ecology, 80: 2635-2650.
 +
 +{{tag>R uma_população população_estruturada}} ​
ecovirt/roteiro/pop_str/pstr_ser.txt · Última modificação: 2021/08/06 18:33 por adalardo