Ferramentas do usuário

Ferramentas do site


ecovirt:roteiro:pad_spat

Diferenças

Aqui você vê as diferenças entre duas revisões dessa página.

Link para esta página de comparações

Próxima revisão
Revisão anterior
Próxima revisão Ambos lados da revisão seguinte
ecovirt:roteiro:pad_spat [2021/08/03 16:47]
adalardo criada
ecovirt:roteiro:pad_spat [2021/09/20 12:06]
adalardo
Linha 11: Linha 11:
 ===== Contexto ===== ===== Contexto =====
  
-Um padrão espacial é uma estrutura previsível que pode ser detectada e quantificada. Em geral, considera-se que um padrão é uma estrutura diferente do aleatório, entretanto, no caso dos padrões espaciais (e outros também) o padrão aleatório também pode ser considerado um padrão, afinal tem {{:​ecovirt:​roteiro:​26_fha_rshow_terra5.jpg?​300 ​ |}}alguma previsibilidade ((por exemplo, em relação ao número médio de indivíduos)) e pode ser detectado e quantificado. Existem diversas métricas utilizadas para quantificar agregação ​de indivíduos que são capazes de diferenciar,​ com maior ou menor eficiência,​ os três padrões espaciais básicos: aleatório, homogêneo e agregado.+Um padrão espacial é uma estrutura previsível que pode ser detectada e quantificada. Em geral, considera-se que um padrão é uma estrutura diferente do aleatório, entretanto, no caso dos padrões espaciais (e outros também) o padrão aleatório também pode ser considerado um padrão, afinal tem {{:​ecovirt:​roteiro:​26_fha_rshow_terra5.jpg?​300 ​ |}}alguma previsibilidade ((por exemplo, em relação ao número médio de indivíduos)) e pode ser detectado e quantificado. Existem diversas métricas utilizadas para descrever a distribuição ​de indivíduos que são capazes de diferenciar,​ com maior ou menor eficiência,​ os três padrões espaciais básicos: aleatório, homogêneo e agregado.
 <WRAP center round box 60%> <WRAP center round box 60%>
 //​**__Padrões Espaciais__**//​ //​**__Padrões Espaciais__**//​
-  * aleatório: a distribuição dos indivíduos não é diferente do que seria esperado por uma distribuição ao acaso; +  * ''​aleatório''​: a distribuição dos indivíduos não é diferente do que seria esperado por uma distribuição ao acaso; 
-  * regular ou homogêneo: os indivíduos estão regularmente espaçados. É chamado também de padrão disperso, pois é o maior distanciamento ​médio ​possível entre indivíduos;​ +  * ''​regular'' ​ou ''​homogêneo''​: os indivíduos estão regularmente espaçados. É chamado também de padrão disperso, pois está relacionado ao maior distanciamento possível entre indivíduos;​ 
-  * agregado: os indivíduos estão mais próximos do que esperado por um padrão aleatório.+  * ''​agregado''​: os indivíduos estão mais próximos do que esperado por um padrão aleatório, formando agrupamentos.
 </​WRAP>​ </​WRAP>​
  
Linha 23: Linha 23:
 Detectar um padrão espacial pode ser importante tanto para entender os mecanismos que geram o padrão, como para decidir o método e a escala de amostragem e planejar o manejo de uma população. Algumas propriedades desejáveis de uma medida do padrão espacial são: Detectar um padrão espacial pode ser importante tanto para entender os mecanismos que geram o padrão, como para decidir o método e a escala de amostragem e planejar o manejo de uma população. Algumas propriedades desejáveis de uma medida do padrão espacial são:
  
-  * diferenciar claramente o padrão: desde a total uniformidade até a aleatoriedade e a agregação+  * diferenciar claramente o padrão; 
-  * não ser afetada por: tamanho da amostra, densidade populacional ou pela variação no tamanho e na forma da parcela+  * não ser afetada por: tamanho da amostra, densidade populacional ou pela variação no tamanho e na forma da amostra
-  * ser estatisticamente tratável: ​possível calcular um intervalo ​de confiança ​e testar a diferença ​entre amostras.+  * ser estatisticamente tratável: ​passível ​de calcular a incerteza do valor e testar a diferenças ​entre amostras.
  
-Para essa prática usaremos uma estimativa de aleatoriedade de pontos chamada K-Ripley. Primeiro iremos utilizar dados de distribuição ​de pontos ​simulados com diferentes padrões e em seguida utilizar a mesma técnica para detectar o padrão espacial em uma população natural.  +Para essa prática usaremos uma estimativa de aleatoriedade de pontos chamada K-Ripley. Primeiro iremos utilizar dados de distribuição simulados com diferentes padrões e em seguida utilizar a mesma técnica para detectar o padrão espacial em uma população natural.  
-<WRAP round box center leftalign ​60% >+<WRAP round box center leftalign ​100% >
 //​**__Roteiro__**//​ //​**__Roteiro__**//​
  
-/* [[ep1| Parte 1]]: simulando amostras dentro da parcela; ​*/+/* [[ep1| Parte 1]]: simulando amostras dentro da parcela; ​
  
    * [[2019:​roteiros:​ep2|Padrão Multiescala]]    * [[2019:​roteiros:​ep2|Padrão Multiescala]]
 +*/
 </​WRAP>​ </​WRAP>​
  
 +
 +===== Padrões multiescala =====
 +
 +<WRAP center round box 40%>
 +
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​pattern.jpg ​ |}}
 +
 +
 +</​WRAP>​
 +
 +/* 
 +O roteiro de [[ep1|índice de dispersão]]((podem rodá-lo em outro momento!)) demonstra como o padrão de distribuição pode ser afetado pelo tamanho da parcela usada. Isso significa que o padrão espacial pode ser **dependente de escala**.
 +*/
 +Nesta  prática vamos quantificar o padrão espacial usando um método multiescala. Os métodos de multiescala permitem, com uma única métrica, avaliar como o padrão espacial varia com a escala. Iremos descrever o padrão espacial para o conjunto total de indivíduos em uma população em uma área delimitada e iremos avaliar o padrão desde a escala da vizinhança dos indivíduos até a escala mais ampla da população. ​
 +<WRAP right round box 25%>
 +{{  :​ecovirt:​roteiro:​mandelbrot-fractals-o.gif?​|}}
 +</​WRAP>​
 +
 +
 +Para a prática vamos utilizar um programinha chamado [[https://​www.ufz.de/​index.php?​en=41413|Programita]],​ feito pelo pesquisador Thorsten Wiegand para quantificar o padrões espaciais usando medidas multiescala baseadas em distância entre pontos. Para baixar o manual do **Programita** clique ​
 +
 +{{:​ecovirt:​roteiro:​manualprogramita2004b.pdf|aqui}}. ​
 +
 +No **Programita** existem várias medidas que podem ser usadas para calcular o padrão espacial, vamos usar duas delas: ​ o  **L de Ripley** e o **O-ring**. ​
 +
 +Ambas são abordagens baseadas em pontos, que utilizam o cálculo de distâncias ponto a ponto dentro de uma área delimitada. Essas medidas podem ser usadas para análises univariadas,​ ou seja, identificando o padrão para uma única classe de pontos, ou para análises bivariadas, que identifica o padrão entre dois tipos de pontos. As análises bivariadas podem ser usadas no contexto de populações para verificar se indivíduos de um dado estágio estão espacialmente associados a outro, ou no contexto de estruturação de comunidades para analisar se há atração ou repulsão na ocorrência de uma espécie em relação a outra. ​
 +
 +==== K de Ripley (L(r)) ====
 +{{:​ecovirt:​roteiro:​ripleys_game.jpg?​100 ​ |}} 
 +
 +O  K de Ripley é uma medida da densidade média ao redor de cada ponto. Para cada ponto na área de estudo é calculada a densidade no interior de um círculo de raio r centrado no ponto (área cinza da figura). Em seguida, calcula-se uma média desses valores obtidos para todos os pontos.
 +
 +<WRAP center round box 80%>
 +{{  :​ecovirt:​roteiro:​lripley.jpg?​200 ​ |}}
 +Figura: Implementação da estatística L de Ripley: contagem do número de pontos distantes de ''​i''​ no interior do círculo de raio ''​r''​. Extraído de Wiegand & Moloney (2004).
 +
 +</​WRAP>​
 +
 +
 +A operação é repetida para diferentes valores de ''​r'',​ que permite avaliar de maneira contínua o valor de ''​K''​ para diferentes escalas. ​
 +
 +
 +$$ K_{(r)} = \frac{\sum_{i\neq{j}}^{i}I({d_{ij}<​r})}{n}\frac{1}{\lambda}$$
 +
 +
 +Onde: 
 +  * $d_{ij}$ é a distância do ponto $i$ ao ponto $j$; 
 +  * $I({d_{ij}<​r})$ função indicadora, sendo 1 se o ponto está a uma distância menor que $r$ de $i$, fora desse raio o ponto tem valor 0; e 
 +  * $n$ é o número de pontos total. ​
 + 
 +A interpretação visual do ''​K(r)''​ não é muito intuitiva por ser uma função cumulativa associada à área do criculo de raio ''​r''​. O L de Ripley ''​L(r)''​ por sua vez  é a transformação deste valor padronizado pela área do circulo associado a ''​r'': ​
 +
 +$$ L_{(r)}= (\sqrt{\frac{K_{(r)}}{\pi}}-r) $$
 +
 +Desta forma, o valor de ''​L(r)''​ para uma distribuição completamente aleatória é sempre ''​1''​ e  ''​L(r)>​0''​ indica agregação,​ enquanto ''​L(r)<​0''​ indica padrão homogêneo.
 +
 +
 +O $L_{(r)}$ ​
 +
 +  ​
 +==== O-ring (O(r)) ====
 +{{:​ecovirt:​roteiro:​onion_ring.jpg?​200 ​ |Onion ring to rule them all}} 
 +
 +A estatística **O-ring** é similar ao L de Ripley, mas baseada em um anel, ao invés de um círculo. É medida pela contagem do número de pontos em um anel de raio r e largura fixa. Da mesma forma que o L-Ripley também são calculadas as intensidades para diferentes tamanhos de anel, mantendo a largura fixa. 
 +
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​o-ring.jpeg?​200 |}}
 +Figura: Implementação da estatística //O-ring//: contagem do número de pontos distantes de //i// ao longo do raio //r//. Extraído de Wiegand & Moloney (2004).
 +
 +Logo, definimos $O(r)$ como: 
 +$$ O_{(r)} = L_{(r)} - L_{(r-l)}$$
 +
 +Onde:
 +  * $r -l$ : é o raio menos a largura do anel ((igual ao raio interno do anel))
 +Na completa aleatoriedade espacial $O(r) = \lambda$ (intensidade do padrão), quando o padrão é agregado $O(r) > \lambda$ e quando é homogêneo $O(r) < \lambda$
 +
 +
 +<WRAP center round tip 60%>
 +As medidas $K_{(r)}$, $L_{(r)}$ ou $O_{(r)}$ ​ apresentam soluções analíticas teóricas para o padrão definido como processo Poisson ou Completa Aleatoriedade Espacial (CAE). Ou seja, quando a distribuições dos pontos no espaço estudado não é diferente do esperado pelo acaso. Para uma dada densidade de pontos conseguimos calcular esses valores teóricos para qualquer raio. Dessa forma, para interpretar o padrão espacial dos pontos observados precisamos:
 +
 +  * calcular os valores observados e o teóricos para CAE; 
 +  * comparar esses valores;
 +  * definir quando uma diferença é ou não aceitável para afirmar que o padrão é diferente do aleatório;
 +
 +Para os dois primeiros tópicos acima, usamos as fórmulas e calculamos os valores. Para tirar a subjetividade do terceiro, podemos calcular intervalos de confiança ou gerar envelopes((equivalente a intervalo de confiança obtido por simulação numérica )) de confiança gerados por simulações,​ para definir objetivamente o que é algo diferente do esperado.
 +
 +</​WRAP>​
 +
 +
 +===== Padrões de Pontos Simulados =====
 +
 +
 +<WRAP round box center centeralign 60% >
 +<WRAP round safety > 
 +**//​__Atividade 1:__//**
 +</​WRAP>​
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​escala.jpg?​300 |}}
 +Qual processo gerou o padrão de pontos?
 +</​WRAP>​
 +
 +==== Instruções gerais ====
 +
 +  * 1. baixe os arquivos relacionados ao padrão espacial 1 ou 2. Caso abra uma página mostrando os dados, clique no link com o botão direito do mouse para salvar o arquivo no seu computador:
 +<WRAP center round box 80%>
 +//**__ Dados para Análise Espacial__**//​
 +=== Padrão 1 === 
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao01all.dat|População (todos os indivíduos,​ sem distinguir adultos e jovens)}}
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao01par.dat|Parentais (somente os adultos)}}
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao01prole.dat|Prole (somente os jovens)}}
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao01bi.dat|Bivariado (todos os indivíduos,​ distinguindo adultos e jovens)}}
 +
 +=== Padrão 2 === 
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao02all.dat|População (todos os indivíduos,​ sem distinguir adultos e jovens)}}
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao02par.dat|Parentais (somente os adultos)}}
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao02prole.dat|Prole (somente os jovens)}}
 +  * {{:​ecovirt:​roteiro:​padrao02bi.dat|Bivariado (todos os indivíduos,​ distinguindo adultos e jovens)}}
 +
 +</​WRAP>​
 + 
 +  * caso não tenha o ''​programita''​ instalado, baixe o {{:​ecovirt:​roteiro:​programita.zip|programita aqui}} na mesma pasta do arquivo de dados;
 +  *  descompacte o arquivo //​programita.zip//;​
 +  * clique 2x para abrir o arquivo executável ''​ProgramitaJulio2006.exe''​.
 +
 +
 +Bem vindo(a) ao **Programita**! Agora vamos abrir os dados que iremos trabalhar.
 +
 +
 +O **Programita** aceita arquivos de texto das extensões .dat e .asc. São arquivos em formato de texto, separados por tabulação (ou espaço). Os arquivo de dados possui a seguinte estrutura:
 +
 +** A primeira linha contém informações gerais sobre o arquivo de dados:**
 +  * valor mínimo de x;
 +  * valor máximo de x;
 +  * valor mínimo de y;
 +  * valor máximo de y; e
 +  * número total de indivíduos
 +
 +** A partir da segunda linha, estão os dados dos pontos que serão analisados:​**
 +  * primeira coluna com as coordenadas x dos indivíduos;​
 +  * segunda coluna com as coordenadas y dos indivíduos;​
 +  * terceira coluna com os pontos do padrão 1 identificados por 1 e do padrão 2 por 0 ((no caso de dados bivariados)); ​
 +  * quarta coluna com os pontos do padrão 1 identificado por 0 e do padrão 2 por 1 ((tb. no caso de dados com dois tipos de pontos)).
 +
 +No caso de dados univariados,​ a terceira coluna será sempre 1 e a quarta coluna sempre 0. Para dados bivariados as terceira e quarta colunas terão valores de 0 e 1 de acordo com o padrão do ponto. ​
 +
 +<WRAP center round box 80%>
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​ex_dados.png |}}
 +Fig. Exemplo de arquivo .dat no formato de uso no //​Programita//​.
 +</​WRAP>​
 +
 +==== Padrão Univariado: todos os pontos ====
 +  * 1.  Verifique se na janela //Input data file// estão aparecendo os arquivos .dat. Caso não esteja, verifique se o arquivo executável do programita está na mesma pasta dos arquivos //​.dat//​. ​
 +<WRAP center round box 60%>
 +<WRAP center round important 60%>
 +Dependendo da configuração do seu navegador o arquivo salvo pode aparecer com uma extensão diferente (p.ex. "​.bin"​). Nesse caso é preciso mudar a extensão do arquivo para "​.dat"​. ​
 +</​WRAP>​
 +
 +</​WRAP>​
 +  * 2. no menu à esquerda selecione o arquivo ** padrao"​0X"​all.dat**. No caso **X** vai ser 1 ou 2 dependendo da sua escolha;
 +
 +
 +<WRAP center round box 60%>
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​arquivos.png?​300 |}}
 +Figura. Janela de entrada de dados do //​Programita//​.
 +</​WRAP>​
 +  * 3. Em //**How your data are organized**//​ selecione //​**List**//​
 +  * 4. Vamos começar usando o L de Ripley então em //**Which method to use**// selecione //​**Circle**//​
 +  * 5. Em //**Select modus of data**// selecione //**List with coordinates no grid**//. Ao selecionar esta opção aparecerá uma janela com a opção //**Select a new cell size**//: ​
 +<WRAP center round box 60%>
 +{{  :​ecovirt:​roteiro:​cell_size.png?​300 ​ |}}. 
 +
 +</​WRAP>​
 +  * 6. Caso tenha menos de 500 pontos, altere o //​**proposed cell size**// para 1. Caso contrário deixe no padrão do programa.
 +  * 7. Feito tudo isso, você deve estar assim:
 +<WRAP center round box 60%>
 +
 +
 +{{  :​ecovirt:​roteiro:​programita.jpg?​300 ​ |}}
 +
 +</​WRAP>​
 +  * 8. Você pode agora respirar fundo e apertar o botão //​**Calculate index**//;
 +
 +
 +A saída visual do programa é um mapa onde os indivíduos aparecem em pontos vermelhos, seguindo as coordenadas do arquivo de dados. O gráfico no canto superior direito corresponde ao valor do L-Ripley para diferentes raios. Nessa saída gráfica é possível analisar como o padrão espacial varia de acordo com a escala.
 +
 +Porém, isso não é suficiente para afirmamos em que escalas a população é agregada. Para isso precisamos comparar o resultado observado com o padrão que seria gerado pela distribuição dos pontos completamente aleatório. Esse modelo nulo é chamado de **//​completa aleatoriedade espacial//​**. Para gerar esse modelo por simulação é necessário recolocar o mesmo número de pontos de forma aleatória na mesma área. Se fizermos isso, muitas e muitas vezes, é possível gerar um envelope de confiança (similar ao intervalo de confiança) no qual o padrão de distribuição aleatória é encontrado. Se os valores observados estão contidos dentro do envelope podemos concluir que nosso padrão não é diferente do aleatório. ​
 +
 +Para fazer isso você deve:
 +  *  9. selecionar a opção **//​Calculate confidence limits//** e; 
 +  * 10. na janela **//Select a null model//** selecionar o modelo nulo //**Pattern 1 and 2 random**//;
 +  * 11. verifique se sua tela está como a figura e clique novamente no botão //​**Calculate index**//.
 +
 +
 +<WRAP center round box 80%>
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​null_model.png |}}
 +</​WRAP>​
 +
 +<WRAP center round box 60%>
 +<wrap hi>Caso a simulação esteja demorando muito </​wrap>​
 +  * aperte o botão de //stop// ao lado do //Calculate index//;
 +  * selecione outro //"​modus of data"//​ e em seguida selecione novamente //list with coordenate,​...//;​
 +  * na janela //Select a new cell size//, altere //proposed cell size // para 2;
 +  * na janela // Select a null model// altere //# simulations//​ para 20;
 +  * aperte novamente o botão //Calculate index//;
 +  ​
 +</​WRAP>​
 +
 +
 +
 +<WRAP center round important 80%>
 +//​**__Descreva o padrão observado__**//​
 +
 +  ​
 +O //​Programita//​ permite acompanhar graficamente a simulação ao longo do tempo ;-). É possível observar que a cada simulação é gerada uma distribuição aleatória dos indivíduos e recalculado os valores de L-Ripley. Ao final é gerado o gráfico com os valores observados a partir do arquivo de dados, acompanhado do envelope de confiança gerado a partir da simulação de completa aleatoriedade espacial. Valores fora do intervalo de confiança indicam a existência de um padrão espacial diferente do aleatório.
 +
 +
 +<WRAP round tip > 
 +**//​__Dica:​__//​** ​
 +Faça um //Print Screen// dos seus resultados para salvar o gráfico de cada análise que fizer ao longo da prática. ​
 +</​WRAP>​
 +</​WRAP>​
 +
 +  * 12. Faça o mesmo procedimento,​ porém em **//Which method to use//** selecione **//​Ring//​**
 +  * 13. Compare os resultados entre o L-Ripley e o O-Ring.
 +
 +
 +<WRAP round box center 80% >
 +<WRAP round notice >
 +**//​__Atividade__//​**
 +</​WRAP>​
 +  * repita a análise para os arquivos com: 
 +      * os pontos dos parentais (adultos): //​padrao"​0X"​par.dat//​ e;
 +      * os pontos dos pontos associados - prole (jovens): //​padrao"​0X"​prole.dat//; ​
 +  * interprete o resultado para cada tipo de ponto;
 +</​WRAP>​
 +==== Padrão Bivariado: duas classes de pontos ====
 +O //​Programita//​ permite a análise de padrão de pontos de uma classe em relação a outra. Para isso é necessário diferenciar os pontos no arquivo de dados, utilizando 0 ou 1 nas colunas 3 e 4, como mostra a figura abaixo, em um arquivo que distinguia indivíduos adultos de juvenis:
 +<WRAP center round box 80%>
 +{{ :​ecovirt:​roteiro:​ex_dados2.png?​700 |}}
 +</​WRAP>​
 +
 +
 +Vamos agora analisar o padrão dos pontos associados (PROLE) em relação aos parentais (PAR), seguindo o mesmo procedimento anterior. ​
 +  * 1. selecione o arquivo com a separação de classes de pontos parentais e associados: ​  //​padrao"​0X"​bi.dat//;  ​
 +  * 2. em //**What do you want to do**// selecione a opção //​**Point-pattern analysis**//​
 +  * 3. em //**How your data are organized**//​ selecione //​**List**//​
 +  * 4. neste caso, estamos interessados na análise do padrão em escala cumulativa para entender até que distância há agregação,​ por isso, em //Which method to use// selecione //​L-Ripley// ​  
 +  * 5. em //**Select modus of data**// selecione //**List with coordinates no grid**// ​
 +  * 6. para testarmos se existe agregação dos pontos PROLE em relação ao PAR ,  utilizaremos o envelope de confiança. selecione a opção //​**Calculate confidence limits**// e selecione o modelo nulo //**Pattern 1 fix, 2 random**//.
 +  * 7.  rode a análise apertando: //​**Calculate index**//
 +  * 8. interprete os resultados.
 +
 +<WRAP center round box 80%>
 +//​**__Descubra o algoritmo__**//​
 +
 +Algoritmo é uma sequência de passos para executar uma tarefa. Os pontos dos arquivos de dados foram gerados por um algoritmo muito simples em duas fases: primeiro foram gerados os pontos parentais e em seguida os pontos associados (prole). Descreva uma sequencia de tarefas ((p.ex: gerar 10 valores de x a partir de uma distribuição aleatória uniforme de 0 a 100; gerar  valores de uma sequência de 10 a 90 a cada intervalo de 5 como o y....  )) que seria capaz de gerar a distribuição de pontos (incluindo ambas classes de pontos) que você observou a partir do seu arquivo de dados. ​
 +
 +</​WRAP>​
 +------
 +------
 +===== Distribuição Espacial de Palmitos na Restinga =====
 +
 +{{:​ecovirt:​roteiro:​palmito00.jpg?​300 ​ |}}
 +O Palmiteiro (//Euterpe edulis// Mart.) é uma espécie muito característica das florestas atlânticas e costuma ocorrer com densidades altas em áreas mais preservadas. Vamos agora analisar os dados referentes a uma população de palmitos que ocorre em uma parcela de floresta de Restinga na Ilha do Cardoso, Cananéia -SP. Os dados foram coletados nos anos de 2009/2010 em uma área de 10,24ha (320m x 320m).
 +
 +Preparamos três arquivos no formato lido pelo //​Programita//:​
 +  - dados de indivíduos juvenis (diâmetro do tronco entre 1 e 5 cm): {{:​2014:​roteiros:​juvenil.dat|}}
 +  - dados de indivíduos adultos (diâmetro do tronco > 5 cm): {{:​2014:​roteiros:​adulto.dat|}}
 +  -  juvenis e adultos (padrão 1 adulto, padrão 2 juvenil): {{:​2014:​roteiros:​juvenil_adulto.dat|}}
 +\\
 +\\
 +
 +Utilizando as ferramentas disponíveis no //​Programita//​ para descrever os padrões espaciais:
 +  * da população total de palmito;
 +  * apenas dos juvenis e;
 +  * apenas dos adultos. ​
 +Investigue se a distribuição dos juvenis está associada a dos adultos. ​
 +
 +<WRAP center round box 60%>
 +//​**__Padrões & Processos__**//​
 +Junte-se em um grupo de 2 a 4 alunos e discuta quais possíveis processos poderiam gerar os padrões descritos.
 +
 +</​WRAP>​
 +  ​
  
ecovirt/roteiro/pad_spat.txt · Última modificação: 2022/09/27 12:40 (edição externa)